Foi realizado no dia 17 de setembro
no Liceu de Quixeramobim, o 6º Encontro do Pacto Para o Fortalecimento do
Ensino Médio, que teve como tema “Os Jovens Como Sujeitos do Ensino Médio”.
Durante a acolhida foi trabalhada a
música “Não é Sério” de Charles Brown Júnior, com o objetivo de promover uma
discussão com os professores estimulando-os a relatar nas suas falas quais os
aspectos ressaltados na música que se assemelham ou se distanciam dos jovens
que frequentam as salas de aula das escolas públicas. Foi um momento de debate no
qual os professores refletiram essa realidade juvenil que desafia o seu fazer
pedagógico a cada dia.
Em seguida, foi realizada uma
atividade coletiva a partir da exibição do trailer do filme “Somos tão Jovens”
que retrata a trajetória da banda de rock Legião Urbana nos anos 80 do século
passado, mas que atraiu milhares de jovens ao cinema. O que teria motivado os
jovens a assistirem o filme, visto que ele se passa num contexto anterior ao
nascimento deles? Tal pergunta gerou muitas discussões principalmente sobre a
imagem que a mídia constrói da juventude, tratando os jovens, como alienados e
meros consumidores de entretenimento.
Após o intervalo o estudo foi
retomado com a apresentação de slides com manchetes de jornais que mostram e
focam a juventude como uma fase problemática. Foi ressaltado pelo orientador de
estudo Neto Camorim, que levando em conta o contexto educacional atual, não se
trata de jogo de culpados, mas existe um contexto que precisa ser levado em
consideração ao refletirmos as questões da juventude. Não podemos ver os jovens
apenas como alguém sem perspectiva sem compromisso ou como não quer nada. Pois
muitas vezes é dessa forma que nos reportamos a eles. Ressaltou o professor.
Para contribuir com o debate foram
apresentados os seguintes questionamentos: a) O que motiva nossas juventudes?
b) Conhecemos nossos jovens? Essas questões foram refletidas em grupo e depois
os professores apresentaram suas considerações na plenária.
Segundo a professora de Filosofia e
Sociologia Mônica Fontenele, é importante destacar que juventude é tempo de
rasgar e tempo construir paradigmas diante das inquietações e ousadias comuns
nessa fase da vida. E enquanto professores não podem ficar desatentos a tais
questões em sala de aula.
Após esse momento, foram
apresentados os gráficos com os resultados da avaliação da experiência com a
oficina “História de Vida”. Os gráficos mostraram que todos consideram
importante conhecer um pouco da história de vida do outro para melhorar a
integração do grupo e aumentar o conhecimento e produtividade do mesmo. Tendo
com base nesses resultados foi apresentado um questionamento para discussão do
grupo. Se acreditarmos que conhecer melhor os outros nos ajudará a trabalhar
melhor em grupo, o que fazemos/ou poderemos fazer para que possamos conhecer as
expectativas, os anseios, as necessidades dos nossos jovens percebendo-os como
sujeitos do Ensino Médio? Com essa pergunta foi gerada uma importante discussão
no grupo.
Para finalizar o encontro foi
realizada uma atividade coletiva onde os professores se reuniram em grupo para
construírem coletivamente estratégias ou metas de como “virar o jogo” e
construir novos relacionamentos entre professores e os jovens estudantes,
utilizando como aliados experiências já vivenciadas nas escolas, mas que
precisam ser aprimoradas, como por exemplo, PPDT (Projeto Professor diretor de
Turma). Em seguida, os professores socializaram o trabalho produzido.
Como atividade individual do
encontro foi sugerida aos professores a realização da leitura dos capítulos 01
e 02 do caderno 02 no ambiente Solar UFC, para no próximo encontro fazer uma
exposição oral ou escrita sobre quais outras iniciativas podemos pensar para
ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem
na escola? Tendo como referência o que já foi dito no encontro anterior e a
leitura realizada.
Neto Camorim- PCA das CH e Orientador de Estudo
do Pacto do EM no Liceu de Quixeramobim.
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