segunda-feira, 9 de junho de 2014

COLETIVO DAS CIÊNCIAS HUMANAS REALIZA 2º ENCONTRO DE ESTUDO DO ECA E ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES DO 1º SEMESTRE

No último dia 04 de junho o coletivo de professores das ciências humanas do Liceu de Quixeramobim se reuniram para realizarem o segundo encontro de estudo do ECA- Estatuto da Criança e Adolescente, coordenado pela professora Mônica Fontenele.
Na acolhida foi trabalhada a música “Relampiando”, de Elba Ramalho, onde em seguida foram discutidas frases da música, associando-as ao tema criança e adolescente.
Em seguida foi dado continuidade ao estudo do ECA, onde foram destacadas as disposições preliminares que apresenta a doutrina da proteção integral para as crianças e adolescentes. Os atores envolvidos nessa proteção além da família deve ser a comunidade local, através do Conselho Tutelar, a Justiça e o Ministério Público, agente garantidor de toda a rede, fiscalizando seu funcionamento, exigindo resultados, assegurando o respeito prioritário aos direitos fundamentais infanto-juvenis.
É importante ressaltar que a comunidade mais próxima das crianças e dos adolescentes, escola, igrejas, vizinhos também são responsáveis pelo resguardo dos seus direitos.
Outro aspecto bastante debatido no encontro é que muitos acreditam que depois do ECA “as crianças estão cheias de direitos e os pais estão ficando desmoralizados”. Isso é uma inverdade. O ECA ao enfatizar o tema liberdade das crianças e adolescentes o certo não é fazer tudo que eles querem. É preciso ter limites.
Vejamos o que pensam os especialistas: “liberdade de ir e vir envolve também o estar e permanecer, mas não se traduz na absoluta autodeterminação de crianças e adolescentes decidirem seu destino, pois a lei ressalva as restrições legais”.
Crianças e adolescentes não tem o direito de abandonar a escola e permanecer em casa ou frequentar lugares impróprios à sua condição de pessoa em desenvolvimento ou assistir programas inadequados a sua faixa etária, pois a liberdade não pode ser exercida em seu desfavor”.
Crianças e adolescentes tem assegurados a liberdade de pensar e formar sua opinião sobre os mais variados assuntos que os credenciam. Não existe verdadeira liberdade com ignorância”.
Crianças e jovens tem o direito de ser informados e, portanto, competem aos pais, parentes, comunidade, profissionais da educação, médicos, enfim, todos os que fazem parte do cotidiano infanto-juvenil o correlato dever de proteger. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Para concluir o estudo foi enfatizado alguns direitos presentes no capítulo IV do ECA. Do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, assegurando-lhes, igualdade de condição para o acesso e permanência na escola. Direito de ser respeitado por seus educadores. Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores. Direito de organização e participação em entidades estudantis. E acesso a escola pública gratuita próxima a sua residência.
Nunca é demais lembrar, que para esses direitos possam está garantidos e efetivados na vida das crianças e adolescentes, é preciso ter clareza que é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais da escola. Ressalte-se que apesar da educação ser um direito fundamental, seu exercício deverá ser construído com a participação de todos os agentes envolvidos na formação integral das crianças e adolescentes.
Segundo o professor Neto Camorim, momentos como esses de estudar o ECA com os professores durante o encontro coletivo acrescenta as possibilidades de compreender o mundo infanto-juvenil tão cheio de estereótipos e rótulos construídos pela sociedade de maneira equivocada, sem estudar com maior afinco as razões que levaram essas crianças e adolescentes serem taxados de “delinquentes” ou como alguns professores afirmam, não ter jeito. Será?
Também foi realizada no intervalo do encontro uma breve confraternização com os professores presentes, marcando o encerramento das atividades dos estudos coletivos da área das ciências humanas nesse primeiro semestre de 2014.
Neto Camorim- PCA das Ciências Humanas do Liceu de Quixeramobim.

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