A Secretaria Estadual de Educação, o MEC e o Instituto Unibanco através do CAEd realizaram neste mês de Maio a Avaliação Diagnóstica com os alunos dos 1ºs anos, cuja finalidade é identificar o desempenho dos estudantes em relação ao desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas em Língua Portuguesa e Matemática. Os resultados desta avaliação servirão também para.
- fornecer subsídios para a correção de políticas educacionais,
- avaliar a qualidade de ensino,
- desenvolver uma cultura de avaliação que envolva toda a comunidade escolar,
- contribuir para a qualificação do ensino oferecido pelas escola públicas estaduais,
- prestar contas a sociedade civil sobre o desempenho qualitativo do sistema de ensino.
O que é o Projeto Jovem de Futuro?
Trata-se de uma ação concebida pelo Instituto Unibanco, e desenvolvida em parceria com governos,
para escolas públicas de Ensino Médio, com o objetivo de aumentar o desempenho escolar dos alunos e
diminuir os índices de evasão. Para atingir esses objetivos, as escolas participantes recebem apoio
técnico e financeiro para a concepção, implantação e avaliação de um Plano de Melhoria de Qualidade,
com duração de três anos, ou seja, o ciclo das três séries do Ensino Médio.
As escolas públicas participantes recebem apoio técnico para a elaboração de um plano estratégico,
utilizando a metodologia do Marco Lógico, assistência técnica para uma “gestão para resultados” e R$100,00
(cem reais) por aluno do Ensino Médio/ ano, para a implantação desse plano. Em contrapartida,
comprometem-se a melhorar substancialmente o desempenho de seus alunos no SAEB -
Sistema de Avaliação da Educação Básica – na 3ª série do Ensino Médio, em Língua Portuguesa e
em Matemática e a diminuir seus índices de evasão.
Essas escolas têm autonomia para decidir sobre prioridades na alocação dos recursos -
já que a comunidade escolar deve ser a protagonista das transformações que considera necessárias -
desde que priorizem estratégias de incentivo a professores (fundo de apoio a projetos pedagógicos,
capacitação, premiação por frequência e rendimento dos alunos), incentivos para alunos
(programa de monitoria, fundo para atividades, premiação por desempenho, fundo
para necessidades especiais, acesso à cultura) ou melhoria da infraestrutura.
O Projeto Jovem de Futuro: Melhoria da Qualidade do Ensino Médio baseia-se no princípio de que
um pequeno investimento de recursos técnicos e financeiros, colocado à disposição de qualquer
escola pública, o qual respeite a autonomia e o protagonismo da comunidade escolar,
pode trazer um impacto significativo nos resultados, desde que esteja direcionado para que a
comunidade escolar se mobilize em torno de metas e estratégias pactuadas; reforce a gestão
para resultados e ofereça incentivos para professores e alunos.
São os seguintes os princípios e premissas do Projeto Jovem de Futuro:
I. Melhorar as condições humanas e materiais do ambiente escolar traz resultados positivos aos estudantes.
II. Todas as partes integrantes da unidade escolar devem estar
envolvidas em torno do objetivo comum de transformar a realidade da
escola.
III. Envolvimento e compromisso da comunidade escolar se conquistam com motivação.
IV. Indivíduos motivados são causas geradoras de transformação social.
Assim, o Projeto Jovem de Futuro estimula as escolas a implementarem:
• incentivos para professores, tais como premiação por pontualidade
e assiduidade, acesso à capacitação, fundos para projetos pedagógicos;
• incentivos para alunos, como bolsas-monitoria, fundos
para desenvolvimento de projetos/atividades, premiação por desempenho e ,
acesso a atividades culturais;
• melhorias no ambiente físico, por meio da aquisição de
equipamentos, novos recursos didáticos, materiais pedagógicos e pela
realização de pequenos reparos
A melhoria da qualidade da escola e do ensino depende de um processo que garanta a autonomia da comunidade
escolar (direção, professores, alunos e pais) na identificação dos fatores que interferem nos resultados de
sua ação educativa, além da concepção, implantação e avaliação de um Plano Estratégico de Melhoria de Qualidade.
O Projeto Jovem de Futuro também parte do pressuposto de que cada escola apresenta especificidades que devem ser
apuradas e respeitadas, ou seja, que cada escola apresenta necessidades específicas, relacionadas ao clima escolar
ou ao apoio e desenvolvimento de projetos pedagógicos. Considerando a pluralidade de circunstâncias das escolas,
e as múltiplas dificuldades que encontram, o Projeto prevê a cuidadosa elaboração de um Plano Estratégico de
Melhoria de Qualidade, cujo sucesso dependerá de uma análise preliminar e minuciosa das condições e deficiências
de cada escola, passo necessário para a imaginação e a realização das soluções adequadas.
Metas
A execução do Projeto Jovem de Futuro está orientada para o alcance de algumas metas fundamentais:
• reduzir em 40% os índices de evasão/abandono escolar, desta etapa de escolaridade;
• aumentar a média da escola, do Ensino Médio em, no mínimo, 25 pontos;
• diminuir em 50% o percentual de alunos no padrão de desempenho “Baixo“, nas disciplinas avaliadas.
Como consequência, o projeto tem ainda como meta a melhoria do IDEB – Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica - das escolas envolvidas. Nesse passo, vale lembrar que o IDEB é constituído
por indicadores de rendimento e fluxo escolar, em harmonia com as metas fundamentais do Projeto
Jovem do Futuro.
Sabemos que essas metas, mensuráveis através de indicadores, só serão alcançadas por uma mudança mais
ampla, e para melhor, de toda a escola. Por isso, o Projeto Jovem do Futuro abriga ainda a ambição de:
(a) fomentar a melhoria do clima escolar, no que se refere ao respeito, solidariedade,
disciplina e diminuição da violência;
(b) oferecer condições para a melhoria da formação e das condições de trabalho dos profissionais da escola;
(c) promover uma cultura de avaliação como instrumento de aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem;
(d) apoiar a gestão participativa e guiada por resultados;
(e) contribuir para a melhoria do ambiente físico escolar com relação a instalações e equipamentos.
[1]
O IDEB é um indicador sintético
adotado pelo MEC – Ministério da Educação – calculado a partir de dois
componentes: taxa de aprovação e média de desempenho nos exames padronizados
aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Os
índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado
anualmente, e as médias de desempenho utilizadas são as do SAEB.